Sensibilidade a ruídos, luz e cheiros
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O que se sabe relativamente à enxaqueca
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Os efeitos secundários das enxaquecas
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Enxaqueca: uma panóplia de sintomas
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Reconhecer os desencadeadores agudos da enxaqueca
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Enxaqueca: frequência e duração
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Enxaquecas: o que ajuda nas crises de dor?
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Analgésicos nas enxaqueca
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Prevenção de enxaquecas: o que pode fazer
O que se sabe relativamente à enxaqueca?
Com tantas pessoas a padecer desta condição, a investigação nas últimas décadas sobre enxaquecas e as suas causas tem-se intensificado.
As causas exatas da enxaqueca continuam sem estar conclusivamente esclarecidas – a doença é demasiado complexa. No decorrer dos anos os cientistas desenvolveram novas teorias relativas à origem da enxaqueca. No entanto, com o estado atual da ciência, muitas destas abordagens não resistiram a um novo exame.
Atualmente, os cientistas partem do princípio que as causas deste tipo de dor de cabeça residem em transtornos recorrentes da regulação da dor no cérebro. O que acontece então na cabeça quando se sofre de uma enxaqueca? Fatores como uma predisposição hereditária afetam certas células do chamado tronco cerebral. No âmbito de uma crise de enxaqueca, estas células desenvolvem uma hipersensibilidade, que não fica obrigatoriamente circunscrita localmente, podendo irradiar até ao nervo trigémeo. Este nervo apanha amplas partes do crânio e localiza-se na proximidade direta de todos os vasos sanguíneos no cérebro.
Se o nervo trigémeo se encontra irritado durante a enxaqueca, isso dá origem, por um lado, a falsos sinais de dor, por outro lado, a uma distribuição de neurotransmissores que são responsáveis por reações inflamatórias, principalmente nos vasos sanguíneos. Como consequência aparecem os sintomas típicos da enxaqueca. A causa da enxaqueca é, portanto, segundo teoria atual, uma particularidade congénita dos afetados no processamento de estímulos no cérebro.
Quem sofre de enxaquecas tem pelo menos uma crise por mês, mas muitos têm crises de enxaquecas com mais frequência. Existem muitas causas: stress, alterações climáticas, alterações no equilíbrio hormonal e inúmeros outros fatores poderão contribuir para o início de uma enxaqueca. Para os que sofrem de enxaqueca, este é um grande fardo. Durante uma crise aguda de enxaqueca é quase impossível viver uma vida normal. Nestes casos, os sintomas são demasiado fortes
A maioria das pessoas sofre de enxaqueca sem aura (enxaqueca sem manifestações visuais). Entre os sintomas da enxaqueca encontram-se:
- Dores de cabeça fortes a muito fortes, maioritariamente pulsantes ou latejantes e só num lado da cabeça
- Enjoo e/ou vómito
- Sensibilidade a ruídos, luz e cheiros
- Agravamento dos sintomas com o exercício físico
Cerca de 10 a 15 por cento das pessoas que sofrem de enxaquecas sofrem de enxaquecas de uma aura específica (as chamadas enxaquecas com aura), que se desenvolvem durante cinco a 20 minutos e duram no máximo uma hora. Os sinais deste tipo de enxaqueca podem ser:
- Perturbações de visão, como visão turva, flashes ou linhas em ziguezague
- Tremores, que vão desde as pontas dos dedos até à cabeça
- Paralisia
- Perturbações na fala
- Fraqueza e/ou tonturas
Em associação com a aura segue-se uma fase de dor de cabeça com os sintomas normais.
Indicadores e sinais de enxaquecas
Os sintomas de uma enxaqueca com aura assemelham-se por vezes aos sintomas de um AVC. Caso não tenha a certeza ou caso os sinais sejam diferentes ou muito mais prolongados do que o habitual numa enxaqueca, aconselha-se que procure imediatamente um médico. Apesar de muito limitante, quando a enxaqueca passa, a sua vida volta ao normal. Porém, um AVC pode ter consequências irreversíveis, por isso não corra riscos desnecessários.
A maioria das pessoas que sofre de enxaquecas começa normalmente a sentir os sinais típicos um a dois dias antes, gradualmente mais intensos. Os indicadores de enxaqueca podem ser:
- Irritabilidade
- Fadiga
- Problemas de concentração
- Vontade de comer um determinado alimento (que frequentemente não é saciada)
- Perturbações depressivas
- Euforia
- Sede
- Problemas digestivos, por exemplo, obstipação
Nas enxaquecas com aura a fase posterior na qual o doente sente dores de cabeça pode não ocorrer. Nesta situação, o doente sofre apenas com os sintomas normais de uma enxaqueca com aura (descritos nos parágrafos acima). Caso esta situação seja frequente, deverá consultar um médico. Este não só poderá esclarecer o que representam os sinais, bem como poderá recomendar métodos adequados para prevenção e tratamento das enxaquecas.
Reconhecer os desencadeadores agudos da enxaqueca
As causas das enxaquecas não estão ainda conclusivamente esclarecidas, mas os possíveis desencadeadores de uma crise de enxaqueca são, todavia, bem conhecidos. Estes, assim chamados triggers (desencadeadores), podem dar origem a uma reação em cadeia, no fim da qual estão dores de cabeça latejantes, náuseas e outros sintomas da enxaqueca.
Nem todos os triggers têm o mesmo efeito para todos os doentes de enxaquecas, sendo a reação individual a um desencadeador por parte de um doente, podendo ainda modificar-se na evolução da doença. São elegíveis para desencadeadores das enxaquecas fatores como:
- Mudanças no ritmo diário (por exemplo, alteração das horas de se levantar e de se deitar ou também refeições que não foram tomadas)
- Alterações no equilíbrio hormonal (que aparecem no decurso do ciclo fértil feminino)
- Ruído
- Alterações de temperatura ou outras influências climáticas
- Ingestão de determinados alimentos, como vinho tinto, certos tipos de queijo ou chocolate
- Stress ou descanso logo a seguir ao stress (por exemplo, no início das férias)
Localização das enxaquecas
As enxaquecas são unilaterais
Sintomas típicos das enxaquecas
Sensibilidade à luz, barulhos e cheiros
Analgésicos
Devem ser tomados na altura certa
Fatores desencadeadores das enxaquecas
Reconhecer e evitar os fatores desencadeadores
Enxaqueca: frequência e duração
Enquanto algumas pessoas são afetadas apenas uma ou duas vezes por mês, outras sofrem de dores de cabeça ou enxaquecas com muito mais frequência. Algumas até têm enxaquecas crónicas, e são afetadas pelas dores de cabeça durante 15 ou mais dias por mês.
Como a frequência dos episódios de enxaqueca varia individualmente, podem durar apenas algumas horas ou mesmo três dias. Caso a dor continue além desses 3 dias é chamado de estado de enxaqueca (condição permanente semelhante à enxaqueca). Se o episódio de enxaqueca não terminar sozinho, deve consultar sempre um médico que possa determinar o tratamento necessário.
A duração de uma enxaqueca é um fator distintivo da dor de cabeça tensional - se os sintomas durarem mais de três dias. Nas enxaquecas podem ocorrer crises de dor que poderão ter uma duração de 4 a 72 horas, limitando significativamente a capacidade funcional das pessoas afetadas. No entanto, as dores de cabeça tensionais podem durar de 30 minutos a até sete dias. Se a dor não diminuir após três dias, possivelmente poderá estar a sofrer as dores de cabeça tensionais. Além da duração, deve-se também tentar diferenciar as dores de cabeça pelos sintomas que as acompanham.
Qual é a evolução da enxaqueca?
Quando a fase da dor de cabeça numa enxaqueca aparece, a dor nem sempre se concentra apenas num local podendo mover-se. Deste modo, poderá aparecer primeiro como uma dor difusa na região do pescoço, ou umas vezes no lado esquerdo da cabeça e outras vezes no direito. A intensidade da enxaqueca também pode variar, podendo começar semelhante a uma dor de cabeça de tensão, ou seja, pode ser pulsante, de pressão ou passageira. No entanto, o paciente com enxaqueca poderá sentir uma dor latejante perto do pico da sua enxaqueca, que é muito mais intensa do que seria na dor de cabeça tensional.
Os sintomas de enxaqueca diminuem gradualmente após a fase de dor de cabeça. Nesta altura em que os sintomas vão desaparecendo, os pacientes entram na última fase do processo de evolução da enxaqueca. Normalmente, nesta fase os pacientes sentem-se cansados e exaustos devido aos sintomas anteriores, fazendo com que recuperação total leve algum tempo.
Os episódios de enxaqueca reduzem a qualidade de vida
A duração e o desenvolvimento de uma enxaqueca exigem um grande esforço por parte dos pacientes. Mesmo durante os períodos sem sintomas, o paciente continua a preocupar-se com o aparecimento e possível duração do próximo episódio. O medo de ter um novo episódio de enxaqueca é uma preocupação constante, afetando a qualidade de vida do paciente. Muitos pacientes com enxaqueca planeiam o seu tempo livre em torno da possibilidade de ter ou não um episódio. Outros pacientes apenas desistem de fazer planos para evitar o stress adicional. Esta preocupação, medo e ansiedade pode provocar angústia e stress, o que afeta negativamente a frequência e a duração das enxaquecas.
As pessoas que sofrem de enxaqueca devem procurar ajuda para poderem terminar esse círculo vicioso. Com o tratamento adequado, todos os que sofrem de enxaqueca podem melhorar a sua qualidade de vida. Por exemplo, a Migraspirina® provou ser uma boa solução para aliviar as dores de cabeça relacionadas com a enxaqueca, inibindo a acumulação excessiva de neurotransmissores da dor (as chamadas prostaglandinas) e reduzindo a sensibilidade à dor. Simultaneamente, os sintomas associados à enxaqueca, como sensibilidade à luz ou os enjoos, também melhoram.
Enxaquecas: o que ajuda nas crises de dor?
O que ajuda nas crises agudas da enxaqueca? O tratamento da enxaqueca requer diferentes medidas, e depende do ambiente em que o paciente se encontra quando a dor de cabeça agonizante começa.
- Descanso e relaxamento. O repouso ajuda bastante em crises de enxaqueca e, portanto, deverá ser algo prioritário, além do tratamento com medicamentos como Migraspirina®. Vá para uma divisão com pouca luz e barulho e descanse.
- Analgésicos. Com os comprimidos para a dor de cabeça pode aliviar os sintomas em caso de crises agudas. Se forem tomados numa fase inicial haverá um grande alívio e, por outro lado, um impacto positivo para minimizar a intensidade da crise de enxaqueca.
- A melhor escolha é uma combinação de analgésicos e outras medidas, como os remédios caseiros, por exemplo, o café. No entanto, a opção do café não deverá ser considerada por todos os que sofrem de enxaquecas, pois o café também pode piorar os enjoos na enxaqueca.
- Alternar duches quentes e frios estimula a circulação e também pode ser usada como terapia de suporte.
- Combinar um banho de pés de água fria, com uma massagem de reflexologia para pés. A massagem nos pontos nevrálgicos dos dedos dos pés e a água fria ajuda positivamente a circulação do sangue na cabeça.
Analgésicos nas enxaquecas
O segundo passo para o tratamento de enxaquecas são os Analgésicos. Com os comprimidos para a dor de cabeça, como Migraspirina®, pode aliviar os sintomas em caso de crises agudas, o que significa que, se tomar o comprimido numa fase inicial haverá um grande alívio e, por outro lado, um impacto positivo para minimizar a intensidade da crise de enxaqueca.
Tenha em atenção de que não deverá tomar analgésicos para as enxaquecas durante mais de dez dias por mês e no máximo 3 dias seguidos – caso contrário correrá o risco de desenvolver dores de cabeça associadas ao consumo excessivo de medicamentos.
Para os doentes com enxaquecas especialmente intensas, os médicos prescrevem normalmente medicamentos com triptano. Estes medicamentos foram especialmente desenvolvidos para a enxaqueca. O triptano existe não só sob a forma de comprimidos, como também sob a forma de spray nasal ou supositórios.
Prevenção de enxaquecas: o que pode fazer
Evitar e reduzir os fatores desencadeadores de enxaquecas:
O básico de uma prevenção de enxaquecas bem-sucedida é conhecer os desencadeadores individuais das enxaquecas e evitá-los. Em alguns fatores, a prevenção é o mais fácil, noutros mais difícil. Comece por identificar os desencadeadores.
Para facilitar as suas tarefas, oferecemos-lhe um diário de enxaquecas, no qual poderá registar as circunstâncias de cada crise e verificar gradualmente quais os fatores e padrões comuns. Na tabela pré-preenchida poderá registar os pontos temporais das crises de enxaqueca e os sintomas. Desta forma, não terá dificuldades em descrever os seus problemas relacionados com as dores de cabeça ao seu médico numa data posterior: este pode retirar conclusões importantes com as circunstâncias das dores para tratamento adicional e para fazer recomendações que possam ajudar a prevenir as enxaquecas.
Stress, sono, medicamentos: mais formas de prevenção de enxaquecas:
Um fator essencial na prevenção de enxaquecas é evitar o stress. O stress mental, seja relacionado com a vida familiar ou profissional, aumenta a sensação de sobrecarga. Em muitos casos, o stress revela-se sob a forma de dores de cabeça tensionais ou enxaquecas. Se for este o seu problema, faça uma pausa para que possa relaxar e descontrair. Existem várias técnicas que poderão ajudar, como o relaxamento muscular progressivo de Jacobson ou yoga. Uma prática regular de desporto relaxa o corpo e a mente; os desportos de resistência como corrida ou bicicleta são especialmente adequados.
A rotina acalma as enxaquecas:
Com as enxaquecas a sua cabeça exige rotina: as alterações na sua rotina podem ser uma sobrecarga para si e poderão desencadear enxaquecas. Como medida de prevenção, é muito importante comer regularmente e, sempre que possível, à mesma hora. Permita que o seu sistema nervoso faça uma pausa, com um ritmo regular de sono, também durante os fins de semana e nas férias.
Medicamentos para a prevenção da enxaqueca:
As pessoas que sofrem de enxaquecas fortes e regulares deverão consultar o médico para a prescrição de medicamentos para a prevenção. Na maioria dos casos, tanto a ocorrência como a gravidade da enxaqueca podem ser significativamente reduzidas.